Ramon Capdevila, Diretor de Jornal dos Armazéns
Mudança; Rapidez; Vendas online; Amazon; Transformação digital; Potencial de disrupção; Robôs; Metaverso; Avatares...; todos estes conceitos são os que atualmente estão em voga em praticamente todas as apresentações de diversos congressos quando se fala do futuro da economia e, acima de tudo, dos negócios. E também do nosso: o armazém de materiais de construção.
Não serei eu a questionar estes conceitos, até porque já são uma realidade, ou sê-lo-ão em breve quer queiramos quer não. Se reparou, a primeira palavra deste artigo de opinião é mudança. A história humana é escrita com a palavra mudança. O que está a acontecer agora é que a mudança é tremendamente rápida. Sem nos apercebermos, o que estávamos a fazer já não serve. Este é o fundo da questão.
E com isto em mente, passamos ao debate sobre o futuro da loja física. Muitas vezes, parece que a história da loja física já foi escrita. Felizmente, muitos outros acreditam que a loja física está mais viva do que nunca; o que é certo é que este espaço físico também tem de mudar e adaptar-se à nova realidade. Como explicado por Laureano Turienzo, um dos oradores da 8.ª Jornada L'informatiu, especialista em novos formatos comerciais, retalhistas de disrupção e últimas tendências de revenda: "o consumidor será híbrido, comprará onde quiser e o comerciante que quiser vender terá de ter lojas físicas e plataformas extraordinárias. Estamos perante a maior mudança da história: os distribuidores de coisas estão a desaparecer e estão a nascer ecossistemas em torno do consumidor.
E, neste contexto, o armazém de materiais de construção, como exemplo vivo do que significa vender numa "loja física", enfrenta o desafio de transformar este espaço e lidar com a nova realidade do consumidor. Em suma, trata-se de como adaptar o nosso modelo de negócio a um novo contexto de procura com novos hábitos de compra ligados ao digital e ao físico. O espaço físico não só não vai desaparecer, como vai irromper com força. Mas adaptado.